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Governo aciona AGU para garantir eleição direta de conselhos tutelares em Rio Largo e Santana do Ipanema

Medida abrangerá também Uberlândia em Minas Gerais

02/10/2023 às 15h16 Atualizada em 02/10/2023 às 15h22
Por: Redação Fonte: Agência Brasil
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© Tânia Rêgo/Agência Brasil
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, vai acionar a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério Público (MP) para garantir que a população de três municípios —  Rio Largo e Santana do Ipanema, em Alagoas, e também Uberlândia, em Minas Gerais, onde ocorreram eleições indiretas, possa escolher democraticamente os conselheiros tutelares locais.

Em nota à imprensa divulgada nesta segunda-feira (2), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) também nega que o ministro Silvio Almeida queira anular parte das eleições realizadas neste domingo (1º), em todo o país. Diferentemente do que algumas publicações em redes sociais informaram, Silvio Almeida não pretende cancelar parcialmente o pleitos.

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Foto: Reprodução/Agência Brasil
Foto: Reprodução/Agência Brasil

 

Entenda

Ontem, eleitores com mais de 16 anos e em situação regular na Justiça Federal foram às urnas escolher mais de 30,5 mil representantes dos mais de 6 mil conselhos tutelares, em todos os municípios brasileiros.

Porém, nas cidades de Rio Largo e Santana do Ipanema, em Alagoas, e Uberlândia, em Minas Gerias, o pleito foi realizado por meio de eleição indireta, o que contraria o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Resolução nº 231 do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (Conanda).

Nos três municípios, os eleitores não foram convocados a comparecer às urnas para votar e escolher os representantes dos conselhos tutelares. A escolha coube a um colegiado que foi formado irregularmente para votar no lugar dos cidadãos. A ação é vetada pela legislação.

Diante dessa ilegalidade que é a eleição indireta, a nota pública informa que o ministro Silvio Almeida agirá para garantir a participação popular, democrática e cidadã na escolha dos representantes dos colegiados municipais, por meio dos órgãos competentes, a AGU e o Ministério Público.

“O MDHC não compactua com desinformações e repudia toda e qualquer tentativa de disseminação de notícias falsas que tentem ludibriar a população brasileira, incitando-a a comportamentos antidemocráticos”, conclui a nota.

Boletins

Desde a noite de domingo até a publicação desta reportagem, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania tinha publicado três boletins com os resultados parciais das eleições divulgados pelas prefeituras e pelo governo do Distrito Federal.

Os dados confirmam a tendência inicial de aumento na participação social do pleito de 2023 e foram celebrados por integrantes do MDHC.

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