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Nova caverna: Durante desmoronamento, Mina 18 da Braskem se dividiu e ainda existe cratera no subterrâneo

Dolinamento que ocorreu em dezembro em Maceió trouxe a superfície apenas parte da cratera. Restante ainda oferece risco de emergir à superfície

11/03/2024 às 06h25 Atualizada em 11/03/2024 às 14h18
Por: Thiago Correia
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Nova caverna: Durante desmoronamento, Mina 18 da Braskem se dividiu e ainda existe cratera no subterrâneo

Ao contrário do que muitos especialistas imaginaram, o dolinamento da cavidade 18 em dezembro do ano passado não pôs um fim definitivo ao problema da instabilidade da mina 18. Um exame de sonar, que o jornalismo do Na Rede teve acesso com exclusividade, realizado em fevereiro e finalizado no último dia 02 de Março, revelou que parte da cavidade gerada a partir dos desmoronamentos da Mina 18 continua no subterrâneo e não chegou à superfície. 
A nova cratera foi descoberta após uma série de exames realizados nas cavernas subterrâneas do entorno da região do desmoronamento. Os exames são uma exigência da Agência Nacional de Mineração para avaliar o risco de novos desmoronamentos na região.
O exame revelou uma nova cratera totalmente fora da camada salina com 32,3 metros de altura e 34.19 metros de largura. A nova caverna está agora a 773,2m de profundidade. No último exame de sonar, o topo da cavidade estava a 786m de profundidade.
O documento foi elaborado pela empresa Flodim, responsável pelos exames de sonares em todas as minas de sal-gema em Maceió. O relatório aponta que a nova cavidade possui um volume total de 4.971m3.

exame de sonar 3d da nova cavidade 18

 

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O documento elaborado ainda é provisório. Ele ainda precisa ser reanalisado para avaliar se existem espaços vazios não detectáveis no sonar, o que classifica como "zona oculta". Mesmo assim já foi encaminhado para comunicação oficial junto a ANM.

Em dezembro, a Agencia Nacional de Mineração exigiu junto a Braskem um rígido estudo de investigação para apontar quais foram os motivos que levaram a Mina 18 a entrar em colapso abrupto e chegar à superfície. O documento precisa ser entregue as autoridades ainda este mês. 
Apesar de ser, desde 2019, uma cratera com status de estabilidade e estar fora do radar de preocupação.

A caverna da Mina 18 foi a única que chegou à superfície. Os motivos que levaram a cratera a dolinar ainda são um mistério e intrigam os integrantes do Grupo de Trabalho que fiscaliza a situação em Maceió.  Outras 5 minas que também sofreram graves desmoronamentos desde 1978, segundo a Braskem, foram autopreenchidas com as camadas de solo antes de chegarem à superfície.

 

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