25°C 31°C
Maceió, AL
Publicidade

Caverna gigante das minas 20 e 21 da Braskem avançou 5 metros rumo a superfície, tem agora 121m de altura e 96m de largura

Temor era de que colapso da mina 18 tivesse desestabilizado ainda mais estrutura da cavidade

26/01/2024 às 05h44 Atualizada em 29/01/2024 às 12h53
Por: Thiago Correia
Compartilhe:
Caverna gigante das minas 20 e 21 da Braskem avançou 5 metros rumo a superfície, tem agora 121m de altura e 96m de largura

O resultado ainda é preliminar, mas a empresa contratada pela Braskem finalizou o processo de sonar na cavidade conjugada das minas 20 e 21. O novo documento é datado do dia 20/01/2024 e mostra que a geometria da cavidade sofreu alterações se comparada ao último relatório realizado em 01 de novembro de 2023. Todas as medidas anteriores da cratera também foram alteradas. 
A cavidade é a maior que está no subterrâneo da Base de Mineração da Braskem no bairro do Mutange em Maceió e também a que mais preocupa. A caverna é resultante da união física de duas minas de extração de sal-gema a 20 e a 21, está totalmente fora da camada de sal, sem nenhum mecanismo de monitoramento em tempo real da situação interna, situada no folheto e com acelerado movimento vertical rumo a superfície.

Em novembro de 2023, data do último exame, o topo da cavidade das minas 20/21 estava a 728,1 metros da superfície. No exame datado do último dia 20 de janeiro de 2024 o topo da cavidade está localizado a 723,7m
O novo exame e sonar mostra ainda uma cavidade que aumentou de tamanho nos últimos dois meses. A caverna tinha 119 metros de altura no último exame de sonar no ano passado. A nova campanha de sonar revela uma cavidade com 121 metros. Dentro da cratera caberiam quase 4 estátuas do Cristo Redentor empilhadas. 
A largura da mina também mudou. Tinha pouco mais de 95m e agora tem 96.52m. 

Continua após a publicidade


Geometria

A geometria da cavidade não sofreu alterações significativas, mas os desabamentos do teto da cratera deram a ela um topo mais arredondado se comparado ao exame anterior.

Estudo solicitado

O atual estudo foi solicitado pela Defesa Civil de Maceió e reforçado pela Agência Nacional de Mineração - a ANM. Um ofício foi encaminhado, no último dia 30 de dezembro solicitando várias ações, entre elas o sonar. Além da caverna das minas 20 e 21, o documento da Defesa Civil também pede o mesmo exame na mina 29.
O principal motivo é que além de ser uma cavidade instável, o atual sistema de monitoramento da região não é capaz de promover um acompanhamento em tempo real na integridade interna da caverna nem sua movimentação rumo a superfície. Havia um temor de que o colapso da mina 18 - que era a mais próxima dessa caverna (20/21) - pudesse ter comprometido a estrutura ou até mesmo acelerado o processo de chegada na superfície. 
O documento aponta que o movimento vertical da mina 18 parece não ter interferido substancialmente na estrutura da cavidade das minas 20 e 21.
A ANM informou no início do mês que após a realização do sonar, todas as minas ao redor da 18 que colapsou terão seus planos de fechamento reexaminados e colocados como prioridade.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Lenium - Criar site de notícias